Um Modelo Catastrófico Global

Autor: Arthur V. Chadwick
Tradução: Urias Echterhoff Takatohi
Revisão: Marcia Oliveira de Paula
Marcos Natal de Souza Costa

Introdução

As camadas de rocha sedimentar e, de forma menos extensa, todas as rochas da superfície da terra, contêm um registro, embora incompleto e sujeito a ambigüidades, dos processos envolvidos em sua formação. Este fato se estende de forma menos clara a outros tipos de rocha na superfície da terra. Este registro pode ser interpretado e uma leitura cuidadosa e iluminada deve lançar luz sobre os processos envolvidos, e abrir, de certa forma, uma janela para a história passada da terra. Como a história registrada nos fósseis considerada anteriormente, esta história registrada da terra, como representada nas rochas (chamada de “registro geológico), pode ser dividida nos mesmos quatro intervalos principais mencionados anteriormente. Vamos rever estes termos, desta vez de olho no caráter geológico das rochas.

Pré-cambriano

Em muitos lugares na superfície da terra, as primeiras rochas depositadas contêm pouca ou nenhuma evidência de vida. Embora estas rochas sejam, em outros aspectos, similares às camadas acima delas, esta falta geral de fósseis e a posição basal das camadas atribui a elas o status de pré-cambrianas. Nesta discussão considera-se que tais rochas estavam presentes na terra antes do dilúvio.

Paleozóico

Freqüentemente depositadas sobre os sedimentos pré-cambrianos, mas também às vezes depositadas diretamente sobre o embasamento 1, encontram-se camadas de rocha contendo fósseis em abundância de representantes marinhos de cada grupo principal de animais. Muitos arenitos e clásticos grosseiros no Paleozóico basal são seguidos de folhelhos e calcários mais acima. Conquanto a maioria das formas fósseis contidas nestas rochas esteja agora extinta, como já mencionado, elas eram tão complexas quanto qualquer forma viva equivalente. As rochas contendo estes fósseis são chamadas de paleozóicas (vida antiga) em referência à suposta antigüidade dos animais fósseis.

Mesozóico

As rochas mesozóicas geralmente superpõem-se às rochas paleozóicas, mas em alguns casos encontram-se sobre as rochas pré-cambrianas. Estas rochas também se iniciam com abundantes arenitos e clásticos mais grossos, que são sucedidos por folhelhos e calcários mais acima. As rochas contêm plantas e animais de muitas variedades diferentes, que podem ser melhor descritos como uma mistura de ambientes terrestres e marinhos. As plantas e animais são formas muito diferentes, embora dos mesmos filos presentes no registro paleozóico, sugerindo uma substituição quase completa das formas do Paleozóico.

Cenozóico

A seqüência de rochas superiores pode estar, em muitas áreas, sobre as rochas mesozóicas ou sobre rochas de qualquer dos outros intervalos. Estas rochas consistem de uma variedade de litotipos, mas apresentam em geral menos carbonatos e mais clásticos. As rochas contêm os restos fósseis de mamíferos terrestres e tipos modernos de plantas terrestres, além de uma ampla variedade de outras formas fósseis, tanto de grupos existentes como de extintos.

A Terra Pré-diluviana

Os geólogos têm feito sérias tentativas de reconstruir a face da terra em várias épocas na sua história passada. Muitos dos dados para gerar estas reconstruções vêm do estudo do paleomagnetismo 2. Os paleogeógrafos 3 têm tentado modelar a superfície da terra passada usando dados paleomagnéticos, junto com outros indicadores. O resultado deste trabalho tem sugerido que a superfície da terra, no início do Paleozóico, consistia de um único grande corpo de água salgada, que neste documento chamaremos de Oceano. Este corpo de água continha um continente granítico individualizado 4, de contorno mais ou menos uniforme, com dimensão aproximada da soma de todas as áreas de terra do planeta hoje, cobrindo metade ou mais de sua superfície. O Oceano envolvendo a terra servia para moderar o clima e a atmosfera, preservando o ambiente das flutuações do dia e da noite e também de qualquer mudança sazonal. Por esta e outras razões 5 o clima da terra era ameno de pólo a pólo.

A configuração do continente original sobre o globo em rotação é incerta. Poderia ter se localizado próximo ao Pólo Sul, como os paleogeógrafos sugerem, ou poderia estar mais próximo do equador. As duas possibilidades têm conseqüências interessantes. Se a massa de terra estava distribuída no equador, provavelmente teria uma distribuição mais ou menos circunglobal. Se estivesse centrada no Pólo Sul, a distribuição de luz apresentaria um problema interessante.

Este continente exibia três aspectos geográficos proeminentes. A linha de costa do continente com o oceano era limitada por planaltos marginais, cadeias de montanhas junto à costa servindo para separar o interior continental do oceano. No interior dos planaltos marginais, sobre o próprio continente, havia vastos mares de água doce. Emergindo dos mares para o interior continental, a terra juntava-se num amplo platô central.

O platô central consistia num planalto elevado extenso, uma área que agora compreende os escudos 6 de vários continentes. Este platô era o coração verdejante do planeta, contendo uma variedade aparentemente sem fim de plantas e animais. A flora desta região era dominada pelas angiospermas (plantas com flores), e era também a habitação da maioria dos mamíferos, incluindo o homem. A grande variedade de plantas e animais, representados mais tipicamente como as formas fósseis das rochas sedimentares do Cenozóico, habitavam originalmente neste platô central. Este platô era pontilhado com lagos e riachos, e servia de fundamento para uma rede complexa de drenagens 7. Nesse planalto central, grandes rios nasciam e fluíam para os quatro pontos cardeais e regavam a terra. Os rios eram contíguos com os mares de água doce e eram circulados por algum mecanismo, talvez envolvendo forças de coriolis ou a atração gravitacional de uma lua mais próxima.

Circulando a borda do continente, planaltos marginais separavam a terra do oceano. Estes planaltos marginais 8 eram geralmente mais áridos do que o platô central, que se beneficiava de forma diferente do sistema hidrológico. Os planaltos marginais mais áridos eram o lar de uma variedade de plantas mésicas (capazes de viver com menos água) e animais, dominados pelas formas reptilianas. Havia também muitos sedimentos destinados a formar os depósitos mesozóicos.

Entre os planaltos marginais e o platô central, sobre o próprio continente granítico, ficavam vários, talvez quatro ou mais, grandes mares de água doce 9. Esses corpos de água, amplamente reconhecidos pelos geólogos como um aspecto proeminente da paisagem paleozóica, são chamados de mares epicontinentais 10. Vivendo dentro desses mares haviam representantes de vários grupos 11 de vertebrados e invertebrados encontrados freqüentemente em rochas paleozóicas. Uma extensa vegetação variada, típica da flora paleozóica, cobria a costa imediata e se estendia sobre a superfície dos mares na forma de ilhas flutuantes 12. As plantas incluíam principalmente samambaias terrestres herbáceas de propagação rápida do Paleozóico, fetos arborescentes gigantes, licopódios e calamitas (formas extintas das cavalinhas modernas) muitas vezes maiores que seus equivalentes modernos. As plantas dominantes alcançavam alturas de mais de 35 metros, com diâmetros de tronco de um metro ou mais. O crescimento destas plantas, particularmente os licopódios arborescentes e calamitas, provavelmente se completava em uma única estação, com taxas de crescimento vertical de 10 a 20 centímetros por dia. As ilhas, construídas com troncos caídos e folhas destas formas gigantes, ficavam sobre acúmulos de dezenas a centenas de metros deste húmus e restos de plantas. Estas ilhas eram habitadas pelos tipos de quadrúpedes encontrados nas rochas sedimentares do Paleozóico, principalmente anfíbios 13. Esses vários mares epicontinentais são representados no registro de rochas pelos geossinclinais 14, onde os extensos depósitos dos sedimentos paleozóicos são encontrados hoje nos continentes.

O próprio oceano era um corpo salino, com fundo constituído de rochas basálticas. As águas eram povoadas por peixes, baleias e outras criaturas marinhas, representando formas de vida similares às encontradas no oceano atual, além de muitas formas atualmente extintas, mas geralmente dos tipos encontrados no Mezozóico e a partir deste.

O Dilúvio

No início do dilúvio, as águas da chuva se acumularam por muitos dias, foram absorvidas pelo solo, e fluíram para os mares. À medida que a enchente continuou, as regiões baixas adjacentes aos mares epicontinentais ficaram inundadas, e os próprios mares, com os animais neles contidos, foram inundados por sedimentos, talvez trazidos também pela água, e sedimentos resultantes da ruptura do sistema hidrológico 15.

Uma das ferramentas disponíveis para os geólogos considerarem uma catástrofe global é a informação derivada do estudo de paleocorrentes, os indicadores do fluxo direcional da água preservados nas rochas da crosta terrestre. Esta ferramenta, baseada em aspectos sedimentares tais como estratificação cruzada, marcas de ondas, orientação de fósseis e outros indicadores, fornece informação confiável sobre os padrões de fluxo das correntes de deposição e sobre áreas fonte potenciais para os sedimentos e fósseis. Os padrões de paleocorrentes observadas no Paleozóico e em outras divisões da coluna geológica serviriam de modelo para os tipos de processos envolvidos, assim como as direções de movimento das águas carregadas de sedimentos sobre a superfície da terra durante cada período sucessivo. Temos acumulado e estamos ainda acumulando ativamente dados para toda coluna geológica, em todo mundo, num esforço para reconstruir os processos em larga escala na terra. Os resultados já obtidos têm esboçado um quadro notável de processos suprabasinais em todo globo. Estes resultados serão mencionados mais adiante. Para o Paleozóico, vemos um padrão notavelmente consistente refletido não apenas nos cratons modernos, mas também aparentemente supracratonicamente. O padrão observado na América do Norte e também do Sul é de um fluxo predominantemente para o oeste, com áreas fonte ao leste dos limites cratônicos atuais.

À medida que os sedimentos se acumularam nos mares, mudanças na salinidade 16 (talvez devido à atividade vulcânica crescente, ou à exposição de depósitos de sal), aumento de turbidez (devido ao transporte de quantidades de sedimento para a água) e/ou alterações de temperatura (resfriamento devido à oclusão do sol por muitos dias ou aquecimento devido ao aumento de tectonismo), resultaram na destruição precisa e sucessiva de várias formas de vida na coluna de água, à medida em que seus limites de tolerância eram alcançados. Estas formas teriam então sido enterradas de forma ordenada e sucessiva em cada bacia geossinclinal onde habitavam anteriormente. Na superfície da água, as ilhas de vegetação flutuantes, fragmentadas pela tempestade, foram deslocadas pelas correntes de maré para ambientes rasos, onde as massas saturadas de água ficaram embebidas em sedimentos. As águas em contínua ascensão, movidas por correntes de maré, repetiam este ciclo, trazendo e soterrando camadas adicionais de vegetação acumuladas dos mares epicontinentais, produzindo as grandes quantidades de carvão do Carbonífero 17.

A temperatura global diminuiu sob a influência de uma cobertura de nuvens contínua. No platô central, começou o acúmulo de neve e gelo, formando grandes capas de gelo cercadas por floras e faunas de regiões montanhosas do platô central. À medida que as placas de gelo moviam-se pelo platô, o substrato foi sendo “raspado” até o alicerce rochoso. Aqui extensas regiões do interior continental foram desnudadas de todo sedimento. Como conseqüência, o platô central, uma região que depois se converteria nos escudos da África, América do Sul, América do Norte e outros continentes, ficou exposto. Os sedimentos derivados de geleiras fizeram contribuições significativas para as bordas continentais inundadas abaixo.

O fim do Paleozóico e início do Mesozóico foi assinalado pela ruptura das margens costeiras pelas águas do oceano 18 em ascensão. Durante o Paleozóico, estas águas foram restringidas pelos planaltos marginais. Mas agora, sob a influência de chuva contínua e subsidência do continente, as águas transbordaram para o interior, carregando muitos sedimentos e a biota dos planaltos costeiros. Estas águas se espalharam pelas bacias, agora cheias, dos mares epicontinentais, cobrindo o continente com sedimento adicional, e destruindo os últimos vestígios das formas de vida paleozóicas intolerantes ao sal, numa extinção em massa. Estes grupos foram rapidamente substituídos por organismos da fauna oceânica 19 e organismos das zonas de vida mésica dos planaltos marginais, incluindo dinossauros e outras formas de répteis. Recifes de coral com faunas inteiramente novas e outras formas de vida sésseis do Mesozóico foram trazidas dos ambientes da costa do oceano para as margens continentais, enquanto os continentes em expansão avançaram sobre o fundo do mar ou foram soterrados junto com as margens continentais por sedimentos lavados dos planaltos costeiros ou foram transportados para as bacias por processos catastróficos. Por dias ou semanas as regiões rasas continuaram a manter vivos alguns grupos terrestres, e os animais terrestres sobreviventes migraram para terrenos mais altos. Sob a incansável investida das águas em contínua ascensão, mesmo estas formas ficaram logo em perigo. A erosão contínua dos planaltos marginais forneceu sedimentos tanto para o interior continental como para depósitos marinhos da costa, que logo seriam incorporados às margens continentais em avanço.

Todo continente está agora ameaçado de inundação. Correntes marinhas poderosas correm sobre as terras submersas, distribuindo sedimentos e organismos pelos continentes, tomando e afogando grupos inteiros de criaturas terrestres sobreviventes. Essas correntes mesozóicas são distintas das correntes paleozóicas. As últimas estão claramente relacionadas aos mares epicontinentais, geralmente dirigidas para fora dos continentes. As correntes mesozóicas são menos relacionadas a bacias, sendo dominadas por fluxo para o interior continental, a partir das bordas. As águas marinhas em avanço transformaram a superfície da terra em uma vasta expansão de água não interrompida ao cobrirem gradualmente até os pontos mais altos da terra. Os restos de vegetação em decomposição e carcaças animais entulhavam a superfície do oceano.

No fim do Mesozóico se inicia a grande quebra continental. As paleocorrentes continentais indicam uma tendência para as bacias abertas recentemente do proto-atlântico, no interior do que era a Pangea. Os continentes começam a se soerguer isostaticamente e o vulcanismo associado gera grandes quantidades de cinzas e lava. O calor perdido devido à cobertura de nuvens é substituído por calor liberado pela extrusão magma durante o trincamento dos continentes. Grandes blocos de gelo se fundem depositando os restos de plantas e animais do platô central próximo da superfície da terra. Os continentes emergiram das águas do dilúvio, dissecando bacias com a água contida e restos de plantas e animais. As próprias bacias começam a acumular sedimentos. Os restos de plantas e animais afundam e são soterrados nos sedimentos, enquanto os processos catastróficos diminuem de intensidade. Mas agora os padrões dominantes de paleocorrentes são basinais, com contribuições substanciais das principais drenagens continentais em desenvolvimento, tais como as da bacia do Mississippi. O recuo das águas no final do Cenozóico escavou cânions ao drenarem os continentes que se levantavam, levando enormes volumes de detritos para as bacias oceânicas modernas. Enquanto isso, as formas continentais familiares emergiam, acompanhadas pela formação de montanhas com deslocamentos e dobramentos continentais em larga escala. Processos anastróficos (catástrofes locais) resultaram na “lavagem” de grandes áreas dos continentes e soterramento de restos encalhados do dilúvio. Carcaças flutuantes de aves e mamíferos se decompunham, provocando a queda de detritos nos sedimentos acumulados. As plantas começaram a brotar outra vez enquanto alguns dos peixes sobreviventes se multiplicaram nos lagos e populações de insetos germinavam.

A Recuperação

Durante algum tempo após o fim da catástrofe a terra continuou a se recuperar dos seus efeitos. As chuvas continuaram em quantidades exageradas, o clima oscilava entre o frio glacial e o calor que, por sua vez, provocava a retração de geleiras. A própria terra continuou se ressentindo destas influências.Os animais, encontrando um ambiente aberto, rapidamente se irradiaram pela terra. As taxas de reprodução eram altas. A disponibilidade de nichos abertos em todos lugares incentivava a especiação, que ocorreu com taxas sem precedentes. Gradualmente as flutuações climáticas se tornaram menos evidentes e a terra se acomodou para um período menos catastrófico.

Explicações e Testes do Modelo

Este modelo é baseado diretamente em várias observações relativas à história pretérita da terra. Elaborei-o baseado em algumas das observações abaixo, no contexto de sua significância para o modelo.

Bacias Oceânicas Modernas: As bacias oceânicas modernas aparentemente não contêm, em nenhum lugar, sedimentos mais antigos que o Mesozóico. Isto é, os sedimentos recuperados do fundo oceânico hoje não contêm fósseis dos tipos encontrados em rochas paleozóicas. Isto levou os teóricos da Tectônica de Placas 20 e os paleogeógrafos a suporem que todo o fundo oceânico foi subductado 21, removendo convenientemente o que seria um grande problema para o modelo evolucionista 22. Por outro lado, o modelo apresentado aqui oferece uma explicação para a ausência de fósseis paleozóicos nas bacias oceânicas, sem ter que recorrer a uma remoção completa do fundo oceânico. Isto é importante à luz das conseqüências térmicas do movimento das placas. Quando o fundo oceânico é subductado de um lado do continente, ele deve ser regenerado do outro lado. Esta regeneração pode envolver o cavalgamento do continente sobre o fundo oceânico ou a extrusão de grandes quantidades de magma fundido do assoalho oceânico. Em qualquer dos casos, considera-se que o processo envolva a produção de calor ou de magma. Este magma iria alterar consideravelmente o equilíbrio térmico do oceano 23.

Este modelo também explica o que tem sido uma grande dificuldade para os geólogos convencionais. Quase todo sedimento das bacias oceânicas modernas é do Cenozóico Superior (cerca de 95% é do Mioceno-Plioceno). Desconsiderando estes sedimentos, existe no fundo dos oceanos apenas um pequeno registro de sedimentos derivados do continente. Embora eu nunca tenha ouvido alguma explicação convincente para este dado dentro do paradigma evolucionista, ele se ajusta perfeitamente a um modelo no qual os continentes atuais emergiram das águas do dilúvio no Cenozóico Superior, com escoamento continental maciço estendendo do Cenozóico tardio até o presente.

Padrões de Geossinclinais: Uma série de bacias deposicionais cortam muitos dos principais continentes e servem como depositários da maioria dos sedimentos paleozóicos. Essas “bacias marginais” ou geossinclinais representam os remanescentes dos mares epicontinentais antediluvianos. Os padrões que formam na superfície fornecem informações importantes sobre o arranjo preciso dos continentes pré-diluvianos e os sistemas hidrológicos. A informação é prontamente disponível, indicando onde esses geossinclinais situavam nos vários continentes. Isto é de grande ajuda em nossas tentativas de reconstruir a geografia pré-diluviana, localizando os mares e ajudando-nos a descobrir onde estariam as áreas fonte das plantas, da vida animal e os sedimentos do Mesozóico e Cenozóico.

Planaltos Marginais: Estamos acumulando mais informação sobre o tipo de rochas presentes nos cinturões marginais (freqüentemente chamados de “cinturões móveis”) que limitavam os continentes e delimitavam os mares epicontinentais do oceano. Estas montanhas devem apresentar os tipos de rocha encontrados nos fundos oceânicos e devem ser não fossilíferas ou, se contiverem fósseis, estes devem ser mesozóicos. Aparentemente este é o caso no momento.

Paleocorrentes: Os padrões de paleocorrentes estão provendo informações chave sobre os movimentos de água e de sedimentos no continente norte americano através do tempo. Estamos acumulando dados semelhantes de outros continentes, de forma que possa ser efetuado também nestes locais um trabalho de reconstrução. Isto é crucial para se reconstituir a forma do supercontinente original. Baseado nos dados atuais, parece provável que todo o fluxo durante o Paleozóico foi a partir dos planaltos centrais, como o modelo prediz, e que a direção do fluxo durante o Mesozóico foi no sentido contrário, novamente como o modelo prediz. No Cenozóico, a regra parece ser de correntes basinais, outra vez como o modelo prediz.

Distribuição de Fósseis

Se o modelo provê uma representação acurada dos eventos do dilúvio, então deveríamos ser capazes de predizer as fontes das várias faunas e floras através da comparação da distribuição de fósseis com os padrões de paleocorrentes. Por exemplo, a distribuição de fósseis de dinossauros deveria ser prevista se comparamos os padrões de distribuição de paleocorrentes com os planaltos marginais continentais, nos quais se propõe que os dinossauros tenham vivido.

Reconstrução da Protopangéia

Estamos procurando entender melhor os dados paleomagnéticos a fim de determinar que “latitude” temos para o posicionamento dos continentes não usualmente considerados como parte integrante do supercontinente proto-pangeano do Paleozóico Inferior. A América do Norte (Laurentia), Europa e Ásia (Laurasia) e Rússia (Sibéria) são descritos como estando vagando pelo planeta durante a maior parte do Paleozóico, enquanto o supercontinente Gondwana permaneceu mais ou menos intacto. Atualmente parece que os dados para reconstruções paleogeográficas são bem acomodáveis. A idéia de manter um único supercontinente paleozóico não parece muito forçada, pois a longitude não pode ser derivada dos dados paleomagnéticos. Assim, as massas continentais podem ser mais ou menos posicionadas em qualquer longitude. A latitude também é, com freqüência, determinada por outros dados inferenciais que não o paleomagnetismo, e até preferidos em relação aos dados paleomagnéticos.

Recifes de Coral

O modelo explica a presença de corais paleozóicos nos continentes. Também prediz a ausência geral de corais mesozóicos e mais jovens nos continentes. Parece ser mantida a predição do modelo de que os corais pós-paleozóicos (corais porque, ao contrário de outras formas marinhas, eles não podem nadar, caminhar ou voar e crescem lentamente) deveriam ser encontrados nas proximidades das margens do oceano, ou deveriam ser derivados destas margens por algum processo sedimentológico ou tectônico. Os principais escleractíneos e outros biohermas mesozóicos e mais recentes (recifes compostos de restos de organismos vivos) são encontrados ao longo de margens continentais ou em zonas de colisão (anteriormente margens continentais), com poucas exceções.

Como um corolário, o modelo prediz que as zonas de sutura das colisões continentais deveriam conter sedimentos do fundo oceânico mesozóicos e recifes de coral mesozóicos, (i.e. corais escleractíneos, etc.). Uma análise dos tipos de fósseis encontrados nos Pireneus, nos Alpes, nos Himalaias, nos Cárpatos, nos Urais e outras zonas de colisão hipotéticas, deveria conter sedimentos do fundo oceânico. Isto foi verificado para os Alpes, e para outras zonas que foram avaliadas.

Terrenos Acrescionados

Considera-se que áreas significativas de vários continentes foram incorporadas às margens continentais quando a placa continental cavalgou a placa oceânica. Algumas vezes estes terrenos acrescionados ou “exóticos” são de origem oceânica e devem conter fósseis do Mesozóico ou mais jovens. Algumas vezes eles representam fragmentos de outros continentes acrescidos por colisão. Neste caso, os restos de uma bacia marginal podem ser incluídos, contendo principalmente fósseis paleozóicos. Estamos testando a hipótese de que, em geral, terrenos acrescionados de origem continental conterão fósseis dos tipos paleozóicos, enquanto terrenos acrescionados com fósseis mesozóicos ou mais recentes serão de origem oceânica. Terrenos acrescionados de origem oceânica que contenham recifes de coral mesozóicos serão consistentes com o modelo. Já foram descritos mais de 200 destes terrenos identificados na América do Norte, 20 ou mais na América do Sul e outro tanto da Nova Zelândia e, em sua maioria, eles são consistentes com o modelo. As poucas exceções ainda não foram analisadas em detalhe para ver se podem ser acomodados no modelo.

Microfósseis Marinhos

Os radiolários são encontrados tanto nos mares paleozóicos como nos depósitos meso-cenozóicos. Hoje os radiolários são conhecidos apenas em ambientes marinhos. Supõe-se, portanto que, no passado, os radiolários eram apenas marinhos. Há numerosos depósitos de rochas paleozóicas contendo chertes (sílica precipitada quimicamente) com radiolários. Entretanto, as formas paleozóicas foram quase que inteiramente eliminadas no fim do Paleozóico, como seria esperado, se formas de água doce fossem expostas a condições salinas. Deve-se procurar alguns dados substanciais para a existência de radiolários de água doce. Alguns outros microfósseis planctônicos e bentônicos podem ser encontrados tanto em água doce como em ambientes salinos, mas as formas exatas devem ser diferentes.

Sedimentação Mesozóica

A distribuição de sedimentos mesozóicos deve se estender bem além das margens dos mares epicontinentais paleozóicos. Os padrões mesozóicos devem refletir as diferentes fontes de sedimento, assim como o fluxo para o interior do platô central. Isto parece ser verdadeiro nos continentes onde dados suficientes estão disponíveis, e mais dados estão sendo obtidos. O modelo prediz que dados adicionais de outros continentes irão refletir esta tendência.

Pesquisa Tafonômica

O modelo também sugere uma área frutífera para experimentação em tafonomia 24. Ambientes contendo uma biota complexa poderiam ser submetidos a mudanças na salinidade, temperatura e/ou turbidez de modo a determinar se poderia ser possível modelar uma mortalidade ordenada que pudesse explicar a seqüência no registro fóssil.

Conclusões

Há muito tempo os criacionistas têm sido criticados de que não possuem um modelo para explicar o paradigma da história da terra que eles defendem. Esta crítica tem sido difícil de suportar, pois implica que o conceito seria ao mesmo tempo inferior e menos científico, já que nenhum experimento pode ser projetado para testar um modelo que não existe. Embora a mesma crítica possa ser aplicada ao “modelo” evolucionista, a percepção de que havia algum tipo de modelo se mostrava uma vantagem significativa para os evolucionistas. Uma vantagem tática adicional foi obtida pelos evolucionistas pelo fato de que seu modelo era, em grande parte, uma descrição das coisas como elas são e, portanto, consistente à revelia com as observações da natureza. Os criacionistas que geralmente se sentiam compelidos a basear seu modelo na Bíblia, e tentavam ajustar os dados geológicos ao seu modelo, estavam assim expostos a uma severa desvantagem lógica e de procedimento.

A elaboração de um modelo, mesmo que seja inadequado para explicar cada detalhe 25, parecia ser uma necessidade crítica para os criacionistas. Neste modelo, tentei ser tão descritivo quanto possível, tecendo as observações geológicas baseadas na estrutura da Bíblia. Como resultado, o modelo é também, em grande parte, uma descrição das coisas da forma que são, e, portanto, naturalmente mais consistente com os dados observados da ciência. Este modelo proposto tenta explicar tantos aspectos do registro fóssil quanto possível, dentro dos limites providos pelo relato da Criação e o do Dilúvio relatados no Gênesis. À medida que mais informação se tornar disponível, o modelo será modificado de forma correspondente. Caso se demonstre que este modelo não ajude na compreensão da história passada da terra, ele poderá ser substituído por um melhor. Enquanto isso, ele oferece as oportunidades para rigorosa avaliação científica e testes que devem ser aplicados a qualquer modelo antes que seja adotado ou rejeitado.

Notas

1. Embasamento se refere às rochas graníticas ou metamórficas “originais”, compreendendo a placa continental atual, em contraste com, por exemplo, outras rochas sedimentares, etc., que por sua vez estão sobre o embasamento.

2. O paleomagnetismo é uma evidência do pólo magnético da terra no passado, estando preservado em rochas ígneas (que estiveram fundidas, tais como lavas, etc.), ou em rochas sedimentares. Pressupõe-se que o registro do campo magnético terrestre esteja preservado na forma de dipolos magnéticos (em geral minerais de ferro como a magnetita, orientados na direção do campo magnético da terra) em rochas sedimentares e ígneas, e que estes dipolos indicam as linhas de campo magnético da superfície da terra, na época em que a rocha ígnea foi solidificada ou que o sedimento se depositou. Usando magnetômetros sensíveis, estes pólos magnéticos antigos podem ser reconstituídos através de medidas de rochas cuidadosamente orientadas, obtendo-se e a direção e distância até o referido pólo. Supondo-se que o trabalho tenha sido feito com precisão, e que a interpretação esteja correta, pode-se mapear, em função do tempo, a direção que estas medidas sugerem para o norte e a distância ao Pólo Norte. A partir destes dados pode-se reconstruir a localização e orientação de qualquer continente, baseando-se nos pólos magnéticos das rochas depositadas naquele continente durante o intervalo em questão. Geralmente se supõe que o pólo magnético da terra não se desviou muito de sua posição atual, embora este pressuposto não possa ser verificado facilmente.

3. A paleogeografia é a ciência que tenta reconstruir a geografia da superfície da terra e a localização de seus continentes etc., através de sua história passada, usando principalmente as evidências contidas nas rochas.

4. Por exemplo, veja as últimas reconstruções paleogeográficas disponíveis na internet. Tal interpretação é também consistente com Gênesis 1:9 e, tanto quanto eu sei, não é negada por nenhum dado físico. Como todos continentes modernos, o Grande Continente está sobre uma base granítica. O granito (SIAL – rochas ricas em silício e alumínio) é pouco denso e flutua sobre o manto, agindo como uma fundação para os continentes. O basalto (SIMA – rochas ricas em silício e magnésio) é denso e afunda no manto, estando, portanto, sob as bacias oceânicas de todos os oceanos atuais.

5. Entre “outras razões” estava uma concentração significativamente maior de dióxido de carbono na atmosfera, talvez de 10 a 100 vezes o nível atual, que é de 0,03%. Embora a existência de água acima do firmamento, em qualquer forma, a chamada “abóbada”, seja diretamente relevante aqui, uma consideração da mesma será deixada de lado no momento a fim de evitar o preconceito que este conceito gera.

6. Regiões de rochas do embasamento pré-cambriano (rochas graníticas e metamórficas) despidas de sedimentos. Tais escudos estão presentes na África Central, norte da América do Norte, oeste da América do Sul, Austrália e outros lugares.

7. É especulativa a natureza do ciclo hidrológico antes da ocorrência de chuvas. A circulação da água pode ter envolvido um processo diário, tal como a influência gravitacional da lua. Se a lua estava mais próxima da terra no Paleozóico, como alguns geólogos postulam, e também é sugerido pela inspiração, as marés lunares poderiam ser suficientemente fortes para forçar uma elevação periódica do lençol freático, expelindo ar saturado de umidade do solo, o qual teria se condensado para formar um orvalho e trazer a água ao alcance das raízes das plantas. O mesmo princípio está envolvido na hidropônica de substrato, onde o umedecimento periódico do substrato (em geral um agregado de rocha), pelo elevar e abaixar do lençol de água, parece prover as condições ideais para o crescimento das plantas.

8. Tal cinturão móvel de montanhas marginais é um aspecto proeminente das margens continentais das placas móveis em movimento, resultando de forças compressivas associadas com o movimento sobre placas oceânicas. Estes aspectos estão presentes, por exemplo, sobre o que teriam sido as margens expostas (compressionais) do supercontinente de Gondwana, mas não são encontrados em nenhuma das margens extensionais de continentes resultantes da fragmentação do supercontinente, tais como as bordas do Atlântico, da África e da América do sul.

9. A escolha de água doce em lugar de água salgada contraria a sabedoria convencional, mas há razões que compelem a esta hipótese … por exemplo, este pressuposto pode explicar por que quase todas formas marinhas paleozóicas estão extintas, já que, neste modelo, a conversão repentina dos mares epicontinentais em água salgada no início do Mesozóico (ver abaixo), eliminaria a maioria das formas paleozóicas. Há boas razões para se pensar que os quadrúpedes dominantes (anfíbios) e as plantas do Paleozóico não poderiam sobreviver na água salgada, já que as formas ainda existentes dos dois grupos não toleraram a salinidade. O conceito de mares epicontinentais de água doce é útil, mas não necessário neste ponto. É interessante que o relato da criação babilônico (Pritchard, Ancient Near Eastern Texts) que, como o relato babilônico do dilúvio, parece preservar certas semelhanças com o grande evento original, representa a criação como uma batalha entre dois mares primitivos, um com água salgada e outro com água doce. Em relação a certos grupos de peixes paleozóicos, Romer afirmou “Em geral, os membros primitivos do grupo eram tipos de água doce” (Alfred S. Romer, Vertebrate Paleontology, (Chicago U, 1945), p. 121.

10. Estes mares epicontinentais têm sido postulados pelos geólogos há muito tempo para explicar a presença de animais marinhos no registro fóssil continental. É significativo e consistente com o modelo que estes grandes mares epicontinentais sejam um aspecto dominante do Paleozóico.

11. As formas de vida animal do Paleozóico são predominantemente marinhas. O termo marinho aqui significa que habitam na água.

12. Estas ilhas flutuantes têm um análogo interessante no ambiente moderno, onde as únicas parentas sobreviventes das plantas paleozóicas produzem pântanos que flutuam sobre a superfície de corpos de água. Além disto, vários aspectos das plantas paleozóicas, tais como raízes arenquimatosas nas Psaronius, ou radículas obtusas, com tamanho de lápis espiralando de um grande eixo cilíndrico com um botão terminal, como nas Lepidodendron e outros gêneros, tornam claro que estas formas gigantes dominantes só poderiam ter crescido num ambiente assim ou, pelo menos, não poderiam ter crescido sobre solo. Um verme marinho incrustante, comumente achado preservado com estas plantas fósseis, vem de uma família encontrada hoje somente em água doce.

13. Várias formas de répteis e anfíbios paleozóicos viviam sobre estas ilhas flutuantes. Fósseis destes animais são encontrados às vezes associados com restos desta vegetação, tal como nos troncos ocos de licopódios. Os anfíbios modernos não podem tolerar água salgada (com a possível exceção de uma espécie moderna de rã que vive em regiões rasas de maré), e não parece haver base para pressupor que seus ancestrais paleozóicos fossem diferentes.

14. A ausência dos esperados sedimentos paleozóicos nas bacias oceânicas tem sido um desapontamento universal para os geólogos. Conquanto a Tectônica de Placas provê um mecanismo para varrer o problema para debaixo do tapete, esta solução não tem se provado muito satisfatória. Por que não há evidências em nenhum lugar de sedimentos paleozóicos nas bacias oceânicas modernas? Veja abaixo sobre terrenos exóticos.

15. Estes últimos podem ter incluído sedimentos associados com o sistema de filtração dos aqüíferos pré-diluvianos.

16. O sal (NaCl) é liberado em grandes quantidades durante erupções vulcânicas. Alguns autores têm sugerido que os depósitos de sal do Paleozóico têm esta origem. Aparentemente, depósitos de sal geotermais modernos do fundo do Mediterrâneo associados com zonas de rachaduras também têm esta origem.

17. O nome usado na Europa e Grã Bretanha, etc., e em outros lugares num sentido geral, para representar a maior parte do Paleozóico Superior. Estes depósitos são tipicamente caracterizados pela presença de quantidades significativas de carvão.

18. Segundo Niles Eldridge e outros, a grande extinção permiana resultou primariamente de um aumento na salinidade, acoplado a alterações de temperatura. Conquanto esta análise seja baseada em critérios diferentes, é significativo que os dois modelos concordem neste ponto.

19. Romer continua, em relação aos grupos de peixes mencionados antes “… no Triássico, quando os celacantos eram comuns e variados, os encontramos em depósitos marinhos [aqui, água salgada, em oposição às formas de água doce do Paleozóico]. O grupo sobreviveu neste novo ambiente…”.Ibid.

20. Tectônica de Placas, a teoria de que os continentes estão sobre placas litosféricas que têm se movido sobre a superfície da terra através do tempo geológico.

21. i.e. o fundo oceânico basáltico (mais denso) foi sobreposto pelas placas continentais graníticas (menos densas) em movimento e o fundo oceânico foi empurrado sob os continentes, para o manto, para ser assimilado pelo manto ou reciclado.

22. Este termo denota o conceito de um registro geológico representando longas eras de acúmulo gradual de camadas de rochas, assim como o conceito de um registro fóssil de mudanças progressivas através do tempo, desde moléculas até o homem.

23. Tem-se sugerido que, se estivermos lidando com uma escala de tempo diluviana, o excesso de calor rapidamente ferveria os oceanos até que secassem. Este argumento tem sido usado contra os criacionistas como um problema auxiliar a datação radiométrica…ambos indicam que 6000 anos é um tempo embaraçosamente curto. Entretanto, se as bacias oceânicas não fossem completamente regeneradas no Paleozóico, mas se, em vez disso, tivéssemos um único episódio de movimento de placa num estágio final do dilúvio e, numa extensão menor, por algum tempo após o dilúvio, como este modelo sugere, então a dissipação de calor pode se tornar um problema manejável. Por exemplo, vários cálculos diferentes da quantidade de fluxo térmico recebido pela terra da radiação solar chegam a um valor de 1024 calorias por ano. Considerando-se um calor específico de 1 (relativo à água em 4) e uma densidade média de 3,2 g/cm3 para o basalto, uma perda desta energia devido a um aumento notável no albedo (que mesmo atualmente pode refletir mais de 95% da radiação incidente), poderia permitir que a terra mantivesse sua temperatura atual, mesmo absorvendo o calor de 1 milhão de quilômetros cúbicos de basaltos resfriado a 100 graus, em um ano, somente desta fonte. Acrescentando a isto a grande vantagem obtida com o resfriamento pelo ciclo hidrológico do magma subaquoso e a radiação de corpo negro, e haveria uma saída razoável para o calor do fundo oceânico pós-Cretáceo dentro de um período de tempo curto.

24. Tafonomia é o estudo das condições de morte e soterramento de animais (e plantas).

25. A mais evidente omissão é nenhuma consideração significativa dos dados das técnicas radiométricas. Esta omissão é deliberada. Creio que é essencial que todos leitores estejam cientes de que a estrutura de tempo proposta neste trabalho é inconsistente com a interpretação convencional das idades radiométricas. Alguns poderão considerar que esta omissão seja suficiente para rejeitar o modelo sem uma devida consideração. Conquanto simpatize com tal atitude, penso que é uma atitude míope. A datação radiométrica, qualquer que possa ser seu significado final, é apenas um tipo de evidência. Pessoalmente, prefiro ter reservas ao julgamento de seu significado, devido à clara inconsistência entre o significado aceito atualmente para tais idades e o testemunho não ambíguo da Palavra de Deus. Minha esperança é que outros estudem rigorosamente esta questão e busquem uma resolução dentro do paradigma.